O Renascimento surge entre os séculos XIV e XVII na civilização europeia, com a intenção de reviver a literatura clássica greco-romana.
Durante o período renascentista várias mudanças ocorreram. A princípio, a denominação deste movimento cultural propõe uma ressurreição do passado clássico, fonte de inspiração e modelo seguido.
Logo, o homem é valorizado, bem como a natureza, pois é concreta e visível. O humanismo e antropocentrismo se despontam em oposição ao teocentrismo, ao divino, ao sobrenatural.
O ser humano começa a se vangloriar por sua razão, por sua capacidade de raciocínio, por seu cientificismo.
Logo, todas as formas de arte refletem esse ideário: a literatura, a filosofia, a escultura e a pintura.
Nessa última destacam-se: Leonardo da Vinci, Michelangelo, Rafael e Botticelli.
A nova realidade econômica, com a decadência do feudalismo e ascensão do capitalismo, por si só, exigiu uma reformulação na arte. Afinal, os burgueses começavam a frequentar universidades e as grandes navegações aceleravam ainda mais o processo cultural através do comércio.
Enquanto isso, os autores humanistas italianos se despontavam: Dante Alighieri, Francesco Petrarca e Giovanni Boccaccio.
Contudo, os autores tipicamente renascentistas são portugueses: Sá de Miranda, Antônio Ferreira e Luís de Camões.
A literatura tenta recuperar a Antiguidade Clássica através da retomada de seus modelos artísticos. Assim, a busca pela perfeição estética e a pureza das formas, trazem de volta os sonetos, a ode, a elegia, a écloga e a epopeia, inspirados em Homero, Platão e Virgílio.
A Arte e o Renascimento
segunda-feira, 27 de maio de 2013
Período do Renascimento
O Renascimento começou na Itália, no século XIV, e difundiu-se por toda a Europa, durante os séculos XV e XVI. Foi um período da história européia marcado por um renovado interesse pelo passado greco-romano clássico, especialmente pela sua arte.
Para se lançar ao conhecimento do mundo e às coisas do homem, o movimento renascentista elegia a razão como a principal forma pela qual o conhecimento seria alcançado.
Fatores que geraram o Renascimento
No plano econômico, o renascimento comercial reativou o intercâmbio cultural entre Ocidente e Oriente, configurando-se como principal fator do renascimento cultural.
No plano social, a urbanização gerava as condições de uma nova cultura, sendo as cidades o pólo de irradiação do Renascimento.
No plano intelectual, a retomada dos estudos das obras clássicas greco-romanas foi de grande importância. Isso foi possível graças aos mosteiros medievais, que preservaram em suas bibliotecas muitas dessas obras, protegendo-as da destruição pelos bárbaros no período das invasões.
Finalmente, o aperfeiçoamento da imprensa, atribuído a Gutemberg, teve importância no século final do Renascimento ( século XVI).
O Processo Histórico do Renascimento
Os fatores econômicos, políticos, sociais e culturais entrelaçaram-se. Nesse sentido o Renascimento não foi um fenômeno isolado, mas sim um dos elos da vasta cadeia que assinala a passagem da Idade Média para a Idade Moderna na Europa. No plano econômico, acontecia o renascimento comercial, que culminou na expansão ultramarina dos séculos XV e XVI. No plano político,ocorria a centralização do poder, que resultou na formação do Estado moderno. No plano social, as cidades tornavam-se expressivas e a burguesia, classe ligada à nascente economia comercial, adquiria importância rapidamente.
O renascimento rompeu lentamente o monopólio cultural até então exercido pela Igreja.
Expressava a primeira manifestação de uma cultura burguesa laica (não-eclesiástica), racional e científica.
Não determinou uma ruptura, mas sim uma transição: coexistiram e interagiram elementos da velha cultura em declínio com a nova cultura em ascensão.
Produção Renascentista
É necessário fazer uma diferenciação entre a cultura renascentista; aquela caracterizada por um novo comportamento do homem da cidade, a partir de novas concepções de vida e de mundo, da Produção Renascentista, que representa as obras de artistas e intelectuais, que retrataram essa nova visão de mundo e são fundamentais para sua difusão e desenvolvimento. Essa diferenciação é importante para que não julguemos o Renascimento como um movimento de “alguns grandes homens”, mas como um movimento que representa uma nova sociedade, urbana caracterizada pelos novos valores burguesas e ainda associada à valores cristãos.
O mecenato, prática comum na Roma antiga, foi fundamental para o desenvolvimento da produção intelectual e artística do renascimento. O Mecenas era considerado como “protetor”, homem rico, era na prática quem dava as condições materiais para a produção das novas obras e nesse sentido pode ser considerado como o patrocinador, o financiador. O investimento do mecenas era recuperado com o prestígio social obtido, fato que contribuía com a divulgação das atividades de sua empresa ou instituição que representava. A maioria dos mecenas italianos eram elementos da burguesia, homens enriquecidos com o comércio e toda a produção vinculada à esse patrocínio foi considerada como Renascimento Civil.
domingo, 26 de maio de 2013
O Renascimento na península Itálica
- Podemos diferenciar três etapas dom Renascimento na Itália. A primeira, o Trecento, no século XIV, é considerada uma transição do estilo gótico para a cultura renascentista. As cidades de Florença, Pisa e Siena foram os centros dessa primeira fase.
- A segunda, o Quatrocento, no século XV, teve como centro a cidade de Florença.
- A trerceira, Cinquecento, no século XVI, centrou-se na cidade de Roma.
Capela Pazzi
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